Em Busca da Candência Perfeita

Virou fetiche dos corredores modernos, que tem relógio com mil funções, relacionar sua performance à CADÊNCIA. Pode isso, Arnaldo?🤔

Cadência é o número de passos de um corredor por minuto a uma velocidade (aí que começa o nó: ela varia de acordo a velocidade e a distância do treino/prova). Recentemente elegeram 180 como número mágico, ou algo como a descoberta do novo Santo Graal do “mundinho running”.

A cadência estava dormindo em berço esplêndido até 1984, e ganhou atenção quando Jack Daniels, descobriu que atletas olímpicos tinham EM MÉDIA, os tais 180 ppm, mas só virou um número mágico depois que os relógios modernos colocaram essa função (algo tinha de justificar o valor pago pelos mesmos).😊

Quem defende cadência como “principio do treinamento” 🤭 alega 3 coisas: que ela melhoraria o desempenho, a eficiência, e seria mais seguro (reduziria o risco de lesões).🙈

Se você acha bonito os 180 da cadência da elite, por que não imitar também o pace de 3’/km? Por que não consegue, certo? Porque isso é parâmetro INDIVIDUAL de performance.

Cadência não é medida de condicionamento, e sim fruto dele, pois depende de vários fatores:

✔Nível de força de membros inferiores.
✔Amplitude da passada (nesse ponto que a relação com lesões incide, e não a cadência unicamente).
✔Mobilidade da articulação do quadril e do tornozelo.
✔Flexibilidade da cadeia posterior da perna.
✔Piso que corre (ou acha que na areia fofa vai manter a mesma amplitude do asfalto?😂).
✔Da altura do quadril (e a relação de tamanho pernas x tronco).

OU SEJA: Não é mudando a cadência que se alteram os componentes de performance, e sim ao contrário.🤷♂

Como esse papo vai looonge, mande sua dúvida. Assim a gente pode enterrar de vez esse factóide de que “melhorando apenas a ‘santa’ cadência vai se transformar no top das galáxias da noite pra o dia.

Publicado em / Categories Notícias
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